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Post: Salto perde seu maior historiador

Salto perde seu maior historiador

Na autobiografia, Ettore ainda cita sua militância na imprensa durante 60 anos e seu gosto por nomenclatura de ruas

Faleceu na manhã do dia 31 de julho, o historiador saltense Ettore Liberalesso.  Na última semana, ele havia lançado sua autobiografia “Ettore – autobiografia mesclada à historia”, cuja reportagem pode ser conferida na edição impressa de Revista Regional, que começa a circular nesta sexta-feira. Em homenagem ao historiador, o prefeito de Salto, Geraldo Garcia, decretou luto oficial na cidade por três dias.  O velório está sendo realizado na Sala Giuseppe Verdi, com cerimonial organizado pela Secretaria da Cultura e Turismo. A saída para o sepultamento no Cemitério da Saudade está marcada para as 10h desta quarta-feira, dia 01 de agosto. A Guarda Civil Municipal prestará honras, bem como artistas convidados pela Secretaria da Cultura e Turismo.

Nascido em 1920, Ettore Liberalesso é nome emblemático na comunidade saltense. Trabalhou por mais de três décadas na Brasital, foi vereador na década de 1950, colaborou em clubes, comunidades religiosas, comissões e sociedades locais. Foi figura importantíssima na implantação do Museu da Cidade de Salto no início da década de 90, não medindo esforços em sua atuação. Escreveu por duas décadas a coluna Arquivo, no jornal Taperá, na qual abordava diversos aspectos da história de Salto. É autor de vários livros, sendo o mais importante deles Salto: história, vida e tradição, de 1987.  Foi ainda o primeiro presidente da Academia Saltense de Letras.

 Seu último livro

Ettore lançou seu último livro, pela Editora Mirarte, no dia 26 de julho. Por ter vivido quase um século e sempre próximo aos círculos de poder – política, igreja e imprensa, Ettore foi um dos raros cidadãos cuja biografia se confunde com relevantes fatos da história de Salto. Em 237 páginas o livro contempla textos e fotografias. Parte da renda obtida com a venda dos exemplares, conforme estabeleceu o autor, será destinada à Sociedade São Vicente de Paulo, instituição beneficente à qual ele se dedicou por mais de 70 anos.

O historiador foi testemunha de importantes acontecimentos históricos. Em Salto, sua terra natal, conheceu pessoalmente os mais populares personagens da política local. Viu surgirem praticamente todos os bairros, indústrias e comércios atualmente em atividade na cidade. No livro, estão destacados os temas que marcaram sua vida: a família, a escola Tancredo do Amaral, os empregos (com destaque para a Brasital, onde trabalhou durante 31 anos), a Sociedade São Vicente de Paulo e outras obras sociais. Evidencia também seu trabalho junto à Igreja Católica, sua atuação político-partidária, sua militância na imprensa durante 60 anos, o gosto por nomenclatura de ruas e a realização de um sonho: ver funcionando o Museu da Cidade de Salto, pelo qual tanto trabalhou. Trata ainda sobre sua carreira literária, incluindo a criação da Academia Saltense de Letras (ASLe).

Último livro lançado por Ettore

Ettore presidiu a ASLe desde a sua fundação até o mês passado. Atualmente ocupava o cargo de presidente do Conselho de Ética da entidade. Escreveu também as seguintes obras: “Salto – história, vida e tradição”, primeira e segunda edições (1987 e 2000 respectivamente; “Salto – história de suas ruas e praças” (1998), “Famílias de Salto” primeira e segunda edições (2006 e 2009 respectivamente), “As mais de mil ruas de Salto” (2006) e “Salto – sua história, sua gente” (2009).

 foto: Divulgação

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