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Post: Valéria Forner – Uma aventura chamada Jornalismo

Valéria Forner – Uma aventura chamada Jornalismo

Não, não vamos falar sobre a profissão. Apesar de que para encará-la, precisa ser um tanto quanto corajoso e extremamente apaixonado. Detalhe esse que ao longe se percebe na jornalista VALÉRIA FORNER. Ainda jovem, quando tinha 13 anos, viu uma de suas redações publicadas em um jornal. Foi aí que a decisão por ser jornalista foi tomada. Anos se passaram e já formada atuou como repórter e editora de jornais, revistas e livros. Mas não é pelo extenso e belo currículo que Valéria tornou-se uma jornalista aventureira. Pelas fotos que ilustram esse perfil, nota-se que ela se sentiu à vontade no papel de desbravadora da Amazônia, sim. A indaiatubana passou 16 dias no Parque Nacional da Amazônia produzindo um Globo Repórter sobre as hidrelétricas que serão concluídas no Complexo Tapajós. “O jornalista Ciro Porto, o editor José Cássio Ribeiro, os cinegrafistas José Ferreira Filho, Pedro Santana e eu, a equipe da EPTV, fomos ao parque com a missão de produzir um programa sobre as hidrelétricas. Não queríamos afogar o telespectador em números com kw gerados, montante de investimentos, nada disso. Para mim, pelo menos, já é espantoso saber que a área inundada pelas hidrelétricas no rio Tapajós, no rio Teles Pires e no rio Jamanxim somam uma área três vezes maior que a cidade de São Paulo. Tivemos o privilégio de conhecer um pouco da imensa variedade que habita o parque. Para isso, percorremos diariamente a Transamazônica de caminhonete, sobrevoamos de helicóptero a grande área do parque – são mais de um milhão de hectares no município de Itaituba, no Pará –, seguimos de barco, caminhamos quilômetros na floresta, acordamos sempre de madrugada e dormimos sempre tarde da noite. Todo o empenho nos levou ao Caçula, o menor passarinho do Brasil, um achado na Transamazônica. Na mesma estrada, no momento em que filmávamos o ninho, veio ao nosso encontro uma Onça-pintada, o maior predador do Brasil. Outro momento importante foi ter voado ao lado de um bando de Ararajubas, uma espécie ameaçada de extinção, verdadeiro objeto de cobiça dos traficantes de animais”. E quem assistiu à bela reportagem veiculada em rede nacional, não imagina as dificuldades que a equipe passou. “Andar pela floresta cansa! E como cansa! Além da umidade, o calor é intenso, os caminhos difíceis, longos e perigosos. No acampamento onde ficamos, as chuvas pesadas que caíam à noite inundavam as barracas, encharcavam os colchões, molhavam roupas, câmeras, notebooks, todo o nosso equipamento, enfim. A noite era de correria para salvar tudo o que havíamos levado para a expedição”, relembra. Mas talvez a maior emoção em pisar na Amazônica, que pelas próprias palavras de Valéria é o lugar mais extraordinário onde um ser humano pode querer estar, seja poder ver árvores que chegam a 40, 50 metros de altura, e no chão observar um mundo minúsculo feito de flores, animais e detalhes que o olhar mais desatento vai deixar para trás. Mas quem disse que para ver as maravilhas do Brasil precisa ser jornalista e aventureiro. “O Brasil é um lugar inacreditavelmente lindo e desconhecido. A Floresta Amazônica é mais bonita que o Cerrado? O Pantanal mais que a Caatinga? Eu digo que não. Cada pedaço de Brasil tem uma beleza só sua. Meu conselho é para que se aprenda a ver a beleza e a respeitá-la”. E perguntada se as aventuras jornalísticas acabaram… “Sempre há uma aventura em preparação… Mas ainda é cedo para anunciá-las”. É aguardar para ver!

texto Yara Alvarez

foto Arquivo pessoal

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