São várias as profecias para 2012: o cinema e a internet disseminam uma onda de destruição cataclísmica. Especialistas ouvidos por Regional garantem: o mundo não acabará, mas passará por profundas mudanças no ano que se inicia. Os seres humanos precisarão se transformar para subsistir a elas
Há pouco mais de dois anos, era lançado o filme “2012”, descrito como “uma aventura épica sobre um cataclismo global que traz o fim do mundo e conta a heroica luta dos sobreviventes”. O sucesso pode ser mensurado não apenas por sua bilheteria – em seu fim de semana de estreia, o filme arrecadou US$ 230,4 milhões em todo o mundo – mas também pelo crescente interesse em torno da civilização Maia, cujas profecias foram o ponto de partida para a elaboração do roteiro.
Apesar de haver elementos próprios da ficção, chama a atenção o fato de que diversas outras culturais ancestrais também relatam fenômenos que supostamente irão se concretizar no ano que agora se inicia. Diferentes interpretações ajudaram a propagar na internet várias teorias acerca de 2012, que se popularizaram feito um rastilho de pólvora, conquistando milhões de adeptos empenhados em provar a veracidade de suas respectivas crenças.
De concreto, há apenas a data apontada como o auge destes supostos acontecimentos: 21 de dezembro. Se, para alguns, este será um dia marcado pela ocorrência de violentos fenômenos da natureza – terremotos, tempestades solares, um planeta em rota de colisão com a Terra e até o retorno de Jesus Cristo são algumas das hipóteses levantadas na rede mundial – para outros, os mais otimistas, trata-se do início de um novo tempo, marcado por profundas transformações no modo de vida da sociedade.
Em meio a tantas especulações, esta reportagem de Revista Regional se propõe a buscar respostas. O que, de fato, irá acontecer com a humanidade? Mesmo sem o auxílio dos sofisticados recursos tecnológicos, como as civilizações antigas eram capazes de prever acontecimentos relativos a um intervalo de tempo tão longo? Para tentar esclarecer estas e muitas dúvidas, convidamos um grupo de especialistas – religiosos, estudiosos, esotéricos e cientistas – que aceitaram compartilhar conosco o seu conhecimento.
O nosso objetivo não é induzir o leitor a acreditar nesta ou naquela corrente de pensamento, mas sim fornecer elementos para que cada pessoa faça sua própria reflexão sobre aquilo que nos espera, afinal de contas, já diz uma tradicional canção da MPB: “Como será o amanhã? / Responda quem puder / O que irá me acontecer? / O meu destino será como Deus quiser / Como será?”…
Mais alguns bilhões de anos
“Muitos acreditam que as explosões solares podem acabar com o planeta. Mas o fim do mundo deve acontecer somente daqui a 5 bilhões de anos, quando o Sol entrar no seu período final de vida: ele então vai ‘inflar’ e ‘engolir’ Mercúrio, Vênus e Terra, até chegar perto de Marte. Sem força para explodir, irá se compactar, transformando-se em uma estrela do tipo anã-branca”, esclarece o astrônomo Júlio Lobo, que atua no Observatório Municipal de Campinas.
No entanto, é necessário destacar que não há relação entre o desaparecimento da Terra e a extinção da raça humana, tal qual a conhecemos hoje. “A sociedade é efêmera. O planeta fica”, frisa. Ainda sim, segundo ele, não há razão para pânico: Júlio garante que, sob a ótica da astronomia, nenhuma das previsões apocalípticas para 2012 irá se concretizar.
Para endossar seu ponto de vista, ele explica que a atividade solar acontece a cada 11 anos – sem qualquer interferência humana – e, embora esteja aumentando, o pico dessas oscilações deverá ser registrado em 2013 ou 2014. De acordo com Júlio, as consequências dessa elevação já são sentidas rotineiramente, mas a maioria das pessoas não se atenta a isso. “Nos dias 7, 8 e 9 de setembro do ano passado, nós tivemos algumas explosões: a internet ficou mais lenta, e houve problemas nos serviços de TV a cabo e telefonia celular. Isso sempre aconteceu, mas agora o ser humano está mais dependente da tecnologia”, resume.
Questionado sobre as consequências de uma violenta – porém, hipotética, como faz questão de frisar – explosão solar, o astrônomo considera bastante provável que haja um colapso nas centrais elétricas, provocando um efeito cascata. “É como se, de uma hora para a outra, voltássemos para a Idade Média, uma vez que a sociedade ficaria sem comunicação e com recursos bastante escassos, que dependem da tecnologia para funcionar. Este é um cenário que um dia pode se tornar real, mas não em 2012”.
Num outro campo, muito se fala sobre o planeta Nibiru, que estaria em rota de colisão com a Terra, ou pelo menos, rumo a uma passagem de raspão. “Hoje em dia, mesmo aparelhos mais simples seriam capazes de identificá-lo. Logo, a chance da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) ocultar essa descoberta, como defendem os chamados ‘conspiranoicos’ (neologismo usado por Júlio, resultado da junção dos termos conspiração e paranóia) não existe”.
Por fim, nosso entrevistado revela que as pessoas perderam a percepção cósmica que os antepassados tinham. Sob essa perspectiva, falta-lhes um referencial espacial. Apesar de tudo, ele acredita que essa avalanche de especulações tenha um lado positivo. “É uma oportunidade para a população buscar informações com autoridades realmente capacitadas. Por essa mesma razão, também merece destaque a atuação da mídia, para esclarecer os fatos. Ao longo da minha vida, eu sobrevivi a outras 14 profecias. Previsões sobre o fim do mundo sempre existirão. Depois de 2012, há quem garanta que isso vai acontecer em 2029, 2033 ou 2060”, ressalta.
Filhos do Sexto Sol
Fundada na década de 60, a Associação Gnóstica de Estudos Antropológicos e Culturais, Arte e Ciência (Ageacac) está presente em 50 países. Há dez anos no Brasil, a entidade se propõe a difundir o conhecimento gnóstico, por meio de conferências gratuitas. O coordenador da unidade Sorocaba, Renato Oliveira de Andrade, conta que a civilização Maia – que viveu na América Central durante o período pré-colombiano – tinha uma concepção diferente da nossa.
“Eles conseguiram criar o calendário mais sofisticado já concebido por um povo (veja quadro), segundo o qual o tempo era cíclico – e não linear, como acreditamos hoje – ou seja, algo que aconteceu no passado voltará a ocorrer”, explica. Ainda de acordo com Renato, os Maias sabiam que o Sol, ou Kinich-Ahau, faz um movimento giratório, chamado de Precessão, ao redor de Alcione – a estrela central da constelação das Plêiades – que leva em torno de 26 mil anos para ser concluído. Nesse trajeto, o Sol passa por cinco grandes ciclos, cada um com aproximadamente 5.125 anos.
Quatro dessas eras já teriam se encerrado, sempre de maneira devastadora. Agora, estaríamos nos aproximando do final do quinto período. O representante da Associação Gnóstica cita John Major Jenkins – autor de “Maya Cosmogenese 2012” – para comprovar essa teoria. Em seu livro, o pesquisador norte-americano relata que, em dezembro, durante o solstício de inverno do hemisfério norte, o sol vai se alinhar com o centro de nossa galáxia, num fenômeno raro, que poderia provocar grandes catástrofes.
Isso não significa, porém, que a Terra ou os homens serão destruídos, mas sim que a nossa sociedade não continuará como atualmente a conhecemos. “Os Maias chamam a geração futura de ‘Filhos do Sexto Sol’. Somente aqueles que atingirem determinados níveis de consciência poderão fazer parte desta nova Era, que será caracterizada por uma maior cooperação entre as pessoas. Portanto, segundo eles, 2012 não é o fim. Ao contrário: esta é a oportunidade para um novo começo”, sugere.
Ainda sim, Renato faz uma observação importante. Ele revela que, segundo o calendário Maia, o próximo e mais intrigante Katun – equivalente a um período de 20 anos – denominado “13 Ahau” terá início em 2033, e não em 2012, como muitos imaginam. Sob esse ponto de vista, o intervalo de tempo entre os anos 2032 e 2052 seria marcado por guerras e epidemias, que levariam a humanidade ao colapso total.
O calendário Maia
Com uma visão cíclica do tempo, os Maias criaram o calendário mais sofisticado já concebido por uma civilização. Complexo e preciso, na verdade são três calendários em um, que interagem entre si, como engrenagens perfeitas, possibilitando a exatidão de suas previsões. São eles, Haab, Tzolkin e o de Contagem Longa. Os dois primeiros eram combinados para formar o calendário circular, com duração de 52 anos, tempo necessário para que dias e meses voltassem a se repetir.
Haab – Calendário Solar: 360 dias / 18 meses de 20 dias + 5 dias
Tzolkin – Calendário Lunar: 260 dias / 13 meses de 20 dias
Calendário de Contagem Longa: Vigesimal, 5.125 anos (1/5 do ciclo de precessão dos equinócios – 25.625 anos)
Um Ciclo de Contagem Longa: 13 partes (Baktuns) de 394 anos e 260 partes (Katuns) de 19,7 anos.
Um Ciclo de Contagem Curta: 20 partes de 13 Katuns = 256 anos.
Início do último ciclo longo: 13 de agosto de 3.114 a.C e o final desse ciclo: 22 de dezembro de 2012.
Fonte: Associação Gnóstica de Estudos Antropológicos e Culturais, Arte e Ciência (Ageacac)
Processo de transição
Jurema Ely Marsola – idealizadora do Espaço Mãe-Terra, também de Sorocaba – entusiasma-se ao dizer que os Maias deixaram um legado fascinante. Mensalmente, a terapeuta realiza reuniões para compartilhar experiência sobre a história, aspectos culturais e o calendário desta civilização, cujo desaparecimento ainda é um grande mistério para pesquisadores. “Até hoje, os códigos Maias, que ficaram registrados em pedras, não foram totalmente decifrados pelo homem moderno”.
De acordo com nossa entrevistada, a humanidade vive um processo gradativo de transição da Era de Peixes para a Era de Aquário, cujo ápice vai acontecer em dezembro de 2012, com o alinhamento solar. Jurema minimiza a ocorrência de cataclismos – como profetizado por Nostradamus – mas acredita que, quanto mais próximos do final do ano, maiores as chances de ocorrer determinados presságios, que podem afetar o equilíbrio do planeta.
Para que tais eventos não tenham consequências tão desastrosas, o homem deve buscar o equilíbrio, valorizando o coletivo, em contraponto à cultura individualista. “A sociedade está sendo convocada a enxergar as situações de uma maneira diferente: todas as pessoas têm os mesmos direitos e deveres para manter a integridade do planeta e de toda vida nele existente. As mudanças que já estão acontecendo vão culminar em uma expansão de consciência sobre a interdependência de todos os seres vivos. Àqueles que subsistirem a elas, terão acesso a um Mundo Novo, onde o bem comum será prioridade”.
Assim como Júlio, ela acredita que o principal impacto destes acontecimentos se dará sobre a tecnologia. Sob essa perspectiva, a terapeuta alerta para o fato de que o caos pode se instalar em função da dependência que o homem tem de tais recursos. Partindo desse pressuposto, é aconselhável que todos façam uma reflexão sobre os seus valores e atitudes, para que consigam que estejam preparados para superar a estas prováveis e desafiantes situações, exatamente como proposto pela letra do “Hino da Paz”, citado por nossa entrevistada: “A Paz do mundo / começa em mim / Se tenho amor / com certeza sou feliz / Se faço o bem / ao meu irmão / Tenho a grandeza / dentro do meu coração”.
Numa outra frente, Jurema chama a atenção para as coincidências existentes entre os códigos Maias, outras civilizações antigas e a ciência. “Vários outros povos deixaram relatos e profecias, como a tribo Hopi – proveniente do Arizona (EUA) – e os Vedas, que, embora tenham vivido em épocas e regiões diferentes, também acreditavam que, em algum momento entre as duas primeiras décadas do século 21, haveria o começo de uma nova Era Mundial. Vale lembrar ainda que a datação científica de acontecimentos importantes da História Geológica da Terra e da evolução da vida no nosso planeta está muito próxima daquilo que fora registrado pelos Maias”.
Ano de limpeza
As evidências de que haverá mudanças são reforçadas pela numerologia. A terapeuta holística Eliane Auvray explica que 2012 terá a energia do número 5, que se caracteriza pela variação e amor à liberdade. “Este ano será de limpeza, ou seja, haverá uma desestruturação, para que uma nova ordem possa ser estabelecida. O planeta regente é Mercúrio – o menor de nosso sistema solar – famoso por estar associado a respostas rápidas, a um caráter inconstante, a uma inteligência vivaz e a inquietude”.
Já a data 21/12/2012, por sua vez, terá a energia do número 11, considerado místico em muitas tradições ocultistas: há, inclusive, os que o classificam como especial. Devido ao fato de nele o algarismo 1 se repetir duas vezes, os numerologistas conferem-lhe um caráter obstinado, revolucionário e autoritário.
Em sua história da criação, os babilônios, por exemplo, mencionam o nome de Tiamat com seus 11 demônios sustentando o caos, ressalta Eliane. “No primeiro livro de Moisés, José sonhou que o Sol, a Luz e 11 estrelas estavam se curvando diante dele (Gênesis 37:9). Nas escrituras teológicas, o 11 é o número dos presságios negativos, dos pescadores e da penitência. Na tradição hindu, existem 11 formas ou encarnações de Rudra, o Senhor da destruição. Ainda sim, ele não é tido como um número negativo ou de pecado; ao contrário, é considerado auspicioso e dinâmico”.
Esperança, e não desespero
Nosso último entrevistado é o padre Paulo Eduardo Ferreira de Souza, vigário da Paróquia de São Paulo Apóstolo. “Nós, cristãos católicos, olhamos com muito respeito para todas as culturas e para o seu gênio, e procuramos nelas encontrar os elementos ditos ‘sementes do Verbo’, que são como que uma preparação para o anúncio explícito do Cristo. Nesse sentido, para nós, as profecias Maias não querem dizer absolutamente nada”, explica.
Contudo, padre Paulo reitera que a Igreja considera a finitude de toda a criação, mas não a contemporiza. Logo, sob a ótica da doutrina católica, o “fim dos tempos”, o “fim do mundo”, o “final”, não será a passagem para o nada, mas uma real transformação na história e para além da história, no tempo e para além do tempo. O mundo material como o conhecemos já não mais existirá; o que nos permite falar de seu fim. “É a esperança que nos orienta para esse dia, e não o desespero”, enfatiza.
Na Bíblia, são vários os relatos apocalípticos do Antigo Testamento. Os mais conhecidos talvez sejam aqueles do Livro do Profeta Daniel. Também no Novo Testamento encontramos o mesmo gênero. Questionado sobre a existência de um algum indício que possa corroborar as profecias, o vigário afirma que a Sagrada Escritura não pretende servir de fundamento para as teorias científicas. Partindo desse pressuposto, ele lembra também que a Bíblia, conjunto de vários livros, não tem Deus como único autor. Deus e homens de vários séculos e contextos sócio-culturais diversos “compuseram” as sagradas linhas.
“Sem sombra de dúvida, as figuras do Livro do Apocalipse são as que mais povoam o imaginário relativo ao fim do mundo. As visões, os números, as catástrofes, a contagem do tempo, ingredientes próprios do gênero apocalíptico, devem ser interpretados sem negligenciar o momento em que o escrito se dá, ainda que possam transcendê-lo. É bom lembrar que a profecia bíblica não significa mero vaticínio, previsão para o futuro. É, sobretudo, denúncia transformadora. Dessa forma, a Igreja não acredita que na Sagrada Escritura exista um código bíblico relacionado ao fim dos tempos e, muito menos, ao ano de 2012”.
Tomando como verdadeira a teoria de que o mundo é uma criação divina, qual seria, então, a explicação para as catástrofes e fenômenos naturais que assolam o planeta? Padre Paulo cita o catecismo da doutrina católica para explicar que “Deus quis livremente criar um mundo ‘em estado de caminhada’ para sua perfeição última. Este devir permite, no desígnio de Deus, juntamente com o aparecimento de determinados seres, o desaparecimento de outros; juntamente com o mais perfeito, também o menos perfeito; juntamente com as construções da natureza, também as destruições. Juntamente com o bem físico existe, portanto, o mal físico, enquanto a criação não houver atingido sua perfeição”.
No tocante às devastações que têm como fonte o inconsequente agir humano, existe um trabalho incansável da Igreja, visando a propagação de uma nova mentalidade. Sob essa perspectiva, os católicos são convidados a participar, nos mais diversos níveis, de iniciativas que visam estudar e agir sobre problemas que ameaçam a dignidade da criação e colocam em perigo a humanidade inteira.
Por último, nosso entrevistado lembra as palavras do papa Bento XVI, que, no último livro-entrevista – Luz do Mundo – manifestou sua preocupação. Disse que a tecnologia apenas não basta. “São necessárias uma nova e aprofundada consciência moral e uma disponibilidade para renúncia que seja concreta, capazes de nortear verdadeiras ações políticas. A tecnologia sem o aspecto ético não se apresenta como a solução, mas é, em parte, causa dos grandes problemas globais. Precisamos corrigir o conceito de progresso, atrelando-o à reflexão ética. Nem tudo o que se consegue, deve-se fazer”.
Para ler e ver
As profecias sobre 2012 também foram objeto de reflexão para diversos autores, de diferentes nacionalidades. Em “2012: O Ano da Profecia Maia” (título original, 2012: The Return of Quetzalcoatl, Editora Anadarco), o jornalista norte-americano Daniel Pinchbeck defende uma teoria radical – a de que a consciência humana está se transformando de forma subliminar e que essa mudança implica numa transformação na nossa concepção de tempo, de espaço e de nossa própria individualidade
Assim, a obsessão pelo progresso daria lugar ao desenvolvimento de níveis de consciência negados e reprimidos pelo ímpeto materialista de nossa civilização atual. E a mudança se tornaria mais evidente (mas não seria necessariamente totalmente concluída) na medida em que nos aproximamos de dezembro de 2012.
O resultado dessa transformação seria a rápida criação e desenvolvimento de novas instituições e estruturas sociais correspondentes ao nosso novo nível mental. Segundo Daniel, “isso não é tão impossível de se imaginar se pensarmos que, nos últimos dois séculos, a superfície da Terra foi totalmente remodelada. Se mudarmos nosso modo de pensar, então a realidade poderia ser transformada mais uma vez. E a partir daí, começaríamos a compreender que é efetivamente nossa imaginação que determina o tipo de realidade que enxergamos e construímos”.
O best seller também foi o ponto de partida para o documentário “2012: Tempo de Mudança”. Dirigido pelo brasileiro João Amorim – indicado ao Emmy Awards 2010 – o filme acompanha o autor em sua jornada em busca de um novo paradigma entre a sabedoria arcaica de culturas tribais e o método científico, misturando animações com depoimentos de especialistas de diferentes áreas – que chamam a atenção para a ação do homem sobre seu ambiente – e participações de cientistas, antropólogos e artistas engajados em diferentes causas, como a atriz Ellen Page, o músico Sting, o diretor David Lynch e o músico brasileiro Gilberto Gil.
reportagem de Piero Vergílio
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