Pensando bem, para a “Coroa Espanhola”, Costa Rica foi o nome dado por Colombo em sua quarta viagem à América em 1502 pela quantidade de ouro encontrada nos adereços que os índios nativos usavam (havia na região cerca de 30 mil indígenas, divididos em três grupos: güetares, chorotegas e borucas), mas no fundo ele já deveria ter uma consciência ambiental, um ecologista ou ambientalista de carteirinha, e deu esse nome pelas belezas naturais lá encontradas.
A Costa Rica é um pequeno país da América Central – 51.100 km2 – maior que Alagoas (27.767 km²), maior que o Espírito Santo (46.077 km²), maior que o Rio de Janeiro (43.696 km²) e, que Sergipe (21.910 km²) e pouco menor que a Paraíba (56.439 km²), menor que Santa Catarina (95.346 km²) e que o Rio Grande do Norte (52.796 km²). É limitado a norte pela Nicarágua, a leste pelo mar das Caraíbas e pelo Panamá e, ao sul e oeste pelo oceano Pacífico e também pela costarriquenha ilha do Coco, no mesmo oceano. A capital é San José, com teatros clássicos, vários museus, dentre eles o do Ouro contando toda a história indígena local antes e após o “descobrimento”, etc. Próximas à capital, nas regiões de serra, estão as fazendas de café, com museus, exposições e também prova e degustação dos vários tipos de cafés produzidos nesses locais.
O país é dividido em sete províncias: Alajuela (central; norte da capital San José), Cartago, Guanacaste (noroeste), Heredia, Limón (costa do Caribe), Puntarenas (costa do Pacífico), e San Jose (capital), cujos governadores são apontados pelo presidente.
Pacífico aqui é mais que o oceano – já que o país não tem exército desde 1949. A ordem é mantida pela guarda civil e por um corpo de guardas rurais, no Interior. O presidente da Costa Rica governa o país ao lado de dois vice-presidentes, todos eleitos por voto popular a cada quatro anos.
5% da biodiversidade
Costa Rica possui inúmeros vulcões (68 no total), alguns em atividade (seis), como o Arenal, onde à noite é possível visualizar fumaça e o derramamento de lava; e os outros mais conhecidos Poás (a mais ou menos uma hora da capital) ainda com a emissão de gás e a cratera preenchida por um belo lago azul; Irazú, Rincón de la Vieja, Turrialba, Barva, etc.
Além de florestas ainda intocadas, o país conta com vários parques, dentre eles e talvez o mais visitado e conhecido é o Parque Nacional Bráulio Carrillo (também próximo à capital), onde podemos “caminhar” por sobre as árvores através de um sistema de cordas, roldanas, e plataformas móveis, etc., desenvolvido por um americano -Donald Perry, em 1984, para estudar a copa das árvores onde vivem dois terços dos animais e plantas da floresta tropical, mas que não causasse nenhum tipo de dano ou impacto ao local. Dez anos depois, nascia ali a primeira rede de arvorismo, com 2,6 quilômetros.
A riqueza do país vai além, com vários rios como o Pacuare (para prática de rafting); pousadas na selva, onde podemos avistar da janela do quarto, macacos, bichos preguiça, etc.; e todo tipo de praias (inesquecíveis) para todos os tipos de gostos e bolsos! Particularmente, prefiro as mais vazias e que ainda mantêm a vegetação típica original com inúmeros coqueiros, matas nativas, várias espécies de animais (macacos, bichos-preguiça, etc.), sem a “muvuca” de outras.
Em alguns locais (mais ao sul, Puerto Viejo), o mar e a natureza ainda são intocados, com praias desertas e um pôr-do-sol inesquecível, etc. -destino perfeito para quem ainda preza as coisas simples da vida… É “Pura Vida”, como os habitantes costumam dizer desse pequeno, mas especial país (agora entendi o porquê!).
País das ONGs
O país investiu muito em qualidade de vida e tem uma das melhores infra-estruturas, inclusive em turismo “sustentável” – um terço dos seus 51.100 km2 são áreas de proteção ambiental (é o maior índice em todo o planeta). Todas essas belezas são separadas por apenas três horas de carro ou, em média, 45 minutos de avião!
A Costa Rica é sede de várias ONGs internacionais e instituições onde a preocupação maior é a qualidade de vida, desenvolvimento sustentável, meio ambiente, etc.. Dentre elas, está a TLA Del Água (www.tragua.com), onde a preocupação e o enfoque maior é a “água” da América Central e do Sul, recebendo denúncias ambientais, relacionadas à de contaminação da mesma, poluição, descaso, etc.
Os ticos (como são chamados carinhosamente os costarriquenses) são bastante amáveis e cheios de atenção com os turistas. Pode-se caminhar pelas ruas dos bairros “nobres”, e ao lado de lojas de grife, encontrar barraquinhas bem pequenas, cobertas com um simples toldo onde encontramos todos os tipos de frutas e vários tipos de flores (como nos velhos armazéns do Interior).
Deus é brasileiro, mas deve passar as férias na Costa Rica!
“Pura Vida” – em todo o seu conteúdo e em toda a sua essência (agora entendi o porquê!)… O resto é ficção!
texto e fotos: Tarso M. Marraccini
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