Pesquisar

>

Post: As tulipas e a poesia de Amsterdã

As tulipas e a poesia de Amsterdã

São mais de 1.200 pontes que cruzam seus 165 canais, ligando 90 ilhas, o dobro de pontes de Veneza; há cerca de 3 mil casas flutuantes ancoradas ao longo dos canais de Amsterdã

Conhecer Amsterdã para mim foi um sonho realizado. A capital holandesa foi meu primeiro destino numa viagem de quase um mês, percorrendo oito países europeus, entre eles Alemanha, Áustria, Itália, Suíça, Mônaco, França e Bélgica. Meu sonho desde adolescente foi conhecer Amsterdã e, como diz o livro “The Secret”, quando desejamos algo e usamos a “lei da atração”, nosso desejo torna-se uma ordem para o universo! E assim foi…

A primeira coisa a fazer em Amsterdã é um passeio de barco, só assim você vai entrar no clima da cidade, que é a maior dos países baixos. Vou lhes contar um pouco de sua história, para que possam conhecê-la melhor. A cidade cresceu e prosperou à beira dos canais onde está situado o rio Amstel, de onde se deu a origem do próprio nome da capital. São mais de 1.200 pontes que cruzam sobre seus 165 canais, ligando 90 ilhas, o dobro de pontes de Veneza, por isso costuma ser chamada de Veneza do Norte. Há cerca de 3 mil casas flutuantes ancoradas ao longo dos canais, algumas são restaurantes e ate hotéis. Passear sobre os canais é voltar no tempo, pois a cidade foi construída a partir do comércio marítimo.

A capital holandesa gaba-se por ser uma das cidades mais bem preservadas de toda a Europa. Há quase 7 mil prédios dos séculos XV e XVIII espalhados pela cidade. A data tradicional de sua fundação foi em 27 de outubro de 1.275, mas no ano de 1.300 foi concedido o direito oficial de cidade e a partir do século XIV, Amsterdã começou a florescer como centro comercial. Já no início do século XVII, considerado o “século de ouro” de Amsterdã, a cidade converteu-se em uma das mais ricas do mundo, do seu porto saiam embarcações até o mar báltico, América do Norte, África e terras que agora pertencem à Indonésia e Brasil.

Hoje, Amsterdã é a capital dos países baixos em termos de negócios e finanças, tem sido a quinta cidade europeia em importância no mundo dos negócios, atrás de Londres, Frankfurt, Paris e Bruxelas. A Bolsa de Amsterdã denomina-se Euro Next Amsterdam e é a mais antiga do mundo e hoje uma das mais importantes da Europa.

“Luz Vermelha”

A cidade holandesa é conhecida internacionalmente por seus museus, seu porto e também por sua zona de meretrício, conhecida como o “Bairro da Luz Vermelha”. O espírito liberal de Amsterdã veio da “Idade Ouro”. Justifica-se o fato de nela existirem alguns cafés, os chamados Coffeeshops, onde é autorizado o consumo de drogas leves e de existir uma indústria do sexo, que é localizada no tal “Bairro da Luz Vermelha”. As ruelas ficam lotadas de sex shops, bares onde acontecem shows eróticos, cinemas eróticos e até um museu do sexo. A prostituição nos países baixos é completamente legalizada nesses bairros distintos para elas.

Famosa também pela sua enorme quantidade de bicicletas, a capital da Holanda é o centro mundial delas. Quase todas as ruas têm vias para ciclistas e pode-se deixar as bicicletas em qualquer lugar. Há na cidade em torno de 700 mil ciclistas.

Você também vai encontrar em Amsterdã vários museus de fama internacional como o Museum Rijksmuseum, o Stedelijk Museum, o museu Casa de Rembrandt e o Museu de Van Gogh, que possui a maior coleção de pinturas de Van Gogh do mundo.

As tulipas, símbolos do país, são uma atração à parte em Lisse, na área metropolitana de Amsterdã, e cobrem diversas áreas, principalmente o “Jardim da Cozinha”

Outras atrações são a Casa de Anne Frank e o Hortus Botanicus, um dos jardins botânicos mais antigos do mundo, com muitas antigas e raras espécies, dentre as quais está a planta de café da qual saiu o ramo que serviu como base das plantações na América Central e América do Sul.

E para fechar essa viagem com chave de ouro, você deve conhecer o parque das flores, o famoso “Keukenhof”, que em português significa “Jardim da Cozinha”. Também conhecido como o Jardim da Europa, situado em Lisse -região metropolitana de Amsterdã-, ele é o maior jardim de flores do mundo, de acordo com o parque, com 7 milhões de bolbos de flores plantados anualmente. A ideia do parque nasceu do então prefeito de Lisse em 1949, com o objetivo de expor a produção dos floricultores de todo o país e da Europa, o que ajudaria os países baixos a se tornarem os maiores exportadores de flores do mundo. O parque funciona anualmente desde a última semana de março até meados de maio.

O jardim possui milhões de flores, inclusive sua grande maioria de tulipas, que por sua vez é o símbolo da Holanda, formando belíssimos caminhos perfumados de diversas cores e fragrâncias.

No século XV, a área pertencia a Jaqueline de Wittelsbach, condessa da Holanda. Ela usava as terras para caça e seus cozinheiros coletavam ervas no local, daí o nome do parque “Jardim da Cozinha”. O projeto original ao redor do castelo foi criado pelo arquiteto Zocher e a primeira exposição de flores foi em 1949.

Tulipas

As tulipas são flores originais da Turquia, antiga Pérsia, pelas quais os holandeses se encantaram. Tanto que as plantam hoje em grande quantidade, fazendo delas um símbolo nacional. A flor foi trazida para Holanda pelas mãos do botânico Carolus Clusius em 1593. Na Turquia, a planta era considerada uma joia e só podia ser cultivada nos jardins reais.

E depois de todo esse banho de cultura que adquirimos na Holanda, meu amigo e eu seguimos nossa viagem por outros países europeus. Espero que tenham gostado de conhecer um pouquinho desse tesouro da Europa chamado Amsterdã e que possam incluí-la em seus próximos roteiros pelo antigo continente.

texto e fotos Diego Ferreira Julio

CONFIRA ABAIXO GALERIA DE FOTOS DE AMSTERDÃ:

diario-1-1

Image 1 of 25

 

# DESTAQUES

Abrir WhatsApp
1
ANUNCIE!
Escanear o código
ANUNCIE!
Olá!
Anuncie na Revista Regional?